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Escala de coma de Glasgow no doente grave na UTI

Sergio Viebig Araujo
Sergio Viebig AraujoCarreira10 de maio de 2019visualizações
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Enfermagem de Conteúdo

Nos últimos anos ocorreram números crescentes de pacientes admitidos com comprometimentos neurológicos nas UTIs, em decorrência de alguma lesão primariamente neurológica ou de outros acometimentos, como distúrbios hemodinâmicos, respiratórios e metabólicos. É fundamental que os profissionais de terapia intensiva estejam capacitados a avaliar adequadamente o estado neurológico dos pacientes, a fim de detectar precocemente as intercorrências e acompanhar a evolução daqueles que já apresentam distúrbios neurológicos.

O coma é definido como um estado clínico de inconsciência no qual o doente não tem percepção de si mesmo e do ambiente por períodos prolongados. O mutismo cinético é um estado de não responsividade do paciente ao ambiente, caracterizado por ausência de movimento ou de emissão de som; mas por vezes, ele responde abrindo os olhos. O estado vegetativo persistente é uma condição em que o paciente é descrito como acordado, mas não consciente, sem função mental cognitiva ou afetiva.

As principais alterações no nível de consciência encontradas no doente crítico ocorrem ao longo de um continuo, e as manifestações clínicas são das mais variadas dependendo de onde o paciente nele se encontra. À medida que o estado de alerta e a consciência do paciente diminuem, pode haver alterações na resposta de abertura do olho, resposta verbal e resposta motora e reflexo pupilar. As alterações iniciais podem refletir-se através de alterações comportamentais sutis, como a inquietação ou ao aumento da ansiedade. As pupilas normalmente arredondadas e rapidamente reativas à luz ficam lentas à medida que o paciente fica comatoso, as pupilas tornam-se fixas (sem resposta à luz). O paciente em coma não abre os olhos, não responde verbalmente nem move os membros em resposta a uma solicitação, descartados o uso de sedativos ou hipnóticos.

A escala de coma de Glasgow

A escala de Glasgow é um instrumento que auxilia na avaliação das funções neurológicas do paciente, por meio das respostas obtidas após um comando verbal ou não verbal. Essa avaliação deve ser realizada pelo enfermeiro e equipe médica, sendo que a pontuação poderá ser de no máximo 15 e no mínimo 3.

O paciente com grave alteração do nível de consciência está em risco de apresentar alterações em todos os sistemas orgânicos refletindo rapidamente no SNC. Realiza-se o exame físico completo, com particular atenção para o sistema neurológico. O exame neurológico deve ser o mais completo que o nível de consciência permitir. Inclui a avaliação do estado mental, função dos nervos cranianos, função cerebelar (equilíbrio e coordenação), reflexos, funções motora e sensorial.  O instrumento mais utilizável na prática clínica para avaliar o nível de consciência do doente comatoso é a escala de Coma de Glasgow (ECGL).

escala de coma de glasgow

O escore da ECGL é uma das variáveis que tem sido extensivamente estudada para estimar o prognóstico dos pacientes em UTI a médio e longo prazo. Resultados de pesquisas indicam que, entre os diversos instrumentos aplicados na UTI para indicar o prognóstico do paciente com lesões encefálicas, a ECGL destaca-se para estimar a evolução desses pacientes. Considerando que a avaliação do nível de consciência deve ser vista como uma etapa importante na assistência de enfermagem, necessita-se que o enfermeiro intensivista seja capacitado para realiza-la de forma sistemática e adequada.

Referências

Silva, E. S. Reanimação no trauma, manejo e técnica. São Paulo: Martinari, 2012.

Capone, N. A.; Silva, E. Monitorização Neurológica Intensiva. In: KNOBEL, E. (ed.). Terapia Intensiva – Neurologia. São Paulo: Atheneu. p. 39-57.

Calil, A. M.; Paranhos, W. Y. O enfermeiro em situações de emergência. São Paulo: Atheneu, 2007.

CINTRA, E. A. Assistência de enfermagem ao paciente gravemente enfermo. São Paulo: Atheneu.

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