Diante de um mercado de trabalho cada vez mais competitivo, os serviços de saúde buscam enfermeiros com o mais alto nível de conhecimento técnico-científico para atuar frente às novas tecnologias e inovações dos meios diagnósticos e terapêuticos. Uma questão importante e merecedora de destaque é que a quantidade de enfermeiros formados semestralmente é muito maior do que no mesmo período há uma década, influenciando diretamente na contratação desse profissional, tornando-se extremamente seletivo pelos hospitais.
A tendência à formação especializada na enfermagem brasileira teve seu início na década de 70 em função de demandas derivadas de problemas socioeconômicos e de saúde, exigindo dos profissionais uma intensa necessidade de estudar, em busca de acompanhar tal crescimento.
Atualmente, os cursos de graduação oferecem uma visão generalizada da assistência de enfermagem, e a pós-graduação é quem traz a visão de uma enfermagem especialista, para atender a necessidade de aprofundamento e atualização tanto no que se refere à conquista da autonomia profissional, quanto para uma melhor inserção no mercado de trabalho, altamente sofisticado e tecnológico.
Podemos considerar que um curso de especialização no qual o enfermeiro procura consiste basicamente de um processo de ensino que amplia conhecimentos e concepções da área, preparando o profissional para intervir e transformar a prática. O enfermeiro especialista se dedica a um ramo de sua profissão, optando por uma especialidade conforme sua habilidade ou interesse particular.
Frente a inúmeras especialidades de enfermagem, e todas com o seu alto grau de relevância, acredita-se que os enfermeiros que atuam com cuidados específicos de enfermagem e com tecnologia avançada como em unidade de terapia intensiva, pronto-socorro e unidade de emergência, têm por obrigação buscar esse conhecimento, tornando-os mais preparados para assistência de enfermagem ao doente em risco iminente de morte, possibilitando que os pacientes sejam assistidos com competência.
Unidade de Terapia Intensiva (UTI)
A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é uma área hospitalar destinada a pacientes em estado crítico que necessitam de cuidados altamente complexos e controles estritos, com centralização de esforços e coordenação de atividades.
Segundo a Portaria n. 466 do Ministério da Saúde, os serviços de tratamento intensivo têm o objetivo de prestar atendimento a pacientes graves e com risco iminente de morte exigindo assistência médica e de enfermagem ininterruptas, equipamentos e recursos humanos especializados, definindo a unidade de terapia intensiva como o local que reúne um conjunto de elementos destinados a esse propósito. Estabelece ainda que é obrigatória a existência de UTI em todo hospital secundário ou terciário com capacidade para atender os pacientes de forma segura e adequada.
A especialização passa a ser, então, a mais duradoura e diversificada estratégia de educação continuada. Os enfermeiros que atuam ou desejam atuar em UTI ou Unidade de Emergência, não há mais como permanecer apenas com os conhecimentos adquiridos na graduação. Isto coloca o ensino de pós-graduação como uma das possibilidades que temos atualmente para qualificar enfermeiros para a prática profissional e, nesta perspectiva, contribuir para a ampliação e a transformação da enfermagem.
O mercado de trabalho para o enfermeiro intensivista e/ou emergencista segue as transformações da globalização. Portanto a inserção do enfermeiro no mundo do trabalho encontra-se diretamente influenciada pela qualificação profissional, assim a disputa está voltada para quem possui o melhor preparo e conhecimento científico aprimorado cada vez mais pela expertise no assunto.
Referências:
CAVALCANTI.GS;VIANA L.O;GARCIA I. As especialidades e os nexos com a formação continua do enfermeiro. Enfermería Global, 2010.
SANTOS EF. A enfermagem no espelho: concepções sobrea profissão, a formação e a prática profissional. Universidade Estadual do Rio de Janeiro:2005. Ministério da Saúde.2018 Disponível em <www.saude.gov.br>. Acesso em 23/02/2018.